#VacinaSãoCaetano
#VacinaSãoCaetano

Sobre a covid-19

O Brasil ultrapassou em janeiro 200 mil mortes pela covid-19 e 8 milhões de pessoas contaminadas pelo coronavírus. Uma das maiores pandemias da história da humanidade, com elevado grau de transmissibilidade.

A transmissão ocorre principalmente entre pessoas por meio de gotículas respiratórias ou contato com objetos e superfícies contaminadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas têm a forma leve ou moderada da doença. Porém, aproximadamente 15% delas evoluem para quadros graves, necessitando de suporte de oxigênio.

Só a vacinação é capaz de frear a transmissão e manter os serviços de saúde acessíveis à parte população com o grau mais severo da doença. Diversos países se uniram na produção de imunizantes seguros e eficazes contra a covid-19.

O que você precisa saber sobre a vacina:

Diante de pandemia, uma vacina eficaz e segura é reconhecida como a solução para o controle da transmissão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em dezembro de 2020 existiam 52 vacinas covid-19 candidatas em fase de pesquisa clínica e 162 candidatas em fase pré-clínica de pesquisa. Das vacinas candidatas em estudos clínicos, 13 em ensaios clínicos fase 3 para avaliação de eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população. No Brasil, o registro e licenciamento de vacinas é de atribuição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Grupos de maior risco e prioridade na vacinação:

A interrupção da circulação da covid-19 no território nacional depende de uma vacina eficaz sendo administrada em parcela expressiva da população (mais de 70% dos brasileiros), reduzindo a quantidade de pessoas infectadas e o índice de mortalidade.

Foi necessário estabelecer os grupos prioritários e priorizar a manutenção do funcionamento e da força de trabalho dos serviços de saúde incluindo os trabalhadores da saúde.

Segundo o Ministério da Saúde, estudos identificaram que determinadas condições e/ou comorbidades elevam o risco para o desenvolvimento de formas graves da doença como: idade superior a 60 anos; diabetes mellitus; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; hipertensão; indivíduos transplantados de órgãos sólidos; anemia falciforme; câncer; obesidade grave (IMC≥40); e populações indígenas.

Na primeira etapa da vacinação, os profissionais de saúde que atuam na linha de frente para o combate da covid-19 serão imunizados. Novos grupos serão divulgados de acordo com o Plano Estadual de Imunização e também a partir do recebimento de mais doses da vacina em São Caetano do Sul.

PÚBLICO
ESTIMATIVA
Trabalhadores da saúde
11.293
Asilados e cuidadores de ILPIs
1.057
75 anos ou mais
9.434
70 a 74 anos
5.287
65 a 69 anos
6.007
60 a 64 anos
7.793

Atenção: o primeiro grupo a ser vacinado serão os profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à covid-19 e idosos e seus cuidadores de ILPIs. Demais grupos serão divulgados posteriormente.

Contraindicações à administração da vacina

As vacinas não foram testadas em todos os grupos de pessoas. Portando, há algumas precauções e contraindicações temporárias até que surjam mais evidências e se saiba mais sobre as vacinas.

- Síndrome gripal;

- É improvável que a vacinação de indivíduos infectados (em período de incubação) ou assintomáticos tenha um efeito prejudicial sobre a doença. Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com infecção confirmada para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. A vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva;

- Pessoas menores de 18 anos de idade;

- Gestantes.

VACINA CORONAVAC

Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac.

Do que é feita a vacina Coronavac

A vacina foi desenvolvida pela Sinovac Life Science Co., Ltd. É uma preparação feita com o novo coronavírus (SARS-COV-2) cultivada em células Vero. Para produzir a vacina, o vírus é inativado, ou seja, que se colocam substâncias químicas para que o vírus não seja capaz de infectar, ficando “morto”, sem poder causar doença. Depois é acrescida uma substância para que a vacina gere anticorpos nas pessoas vacinadas.
O esquema de vacinação do estudo é de duas doses de vacina aplicada por via intramuscular.

Todas as vacinas passam por vários estudos para serem registradas e liberadas e serem utilizadas na população. Antes de testar uma vacina em humanos, as vacinas são testadas em modelos celulares e de animais. Os dados obtidos nesses estudos não clínicos são fundamentais para decidir se a vacina pode ser avaliada em seres humanos. Os estudos de um produto em seres humanos são chamados Ensaios Clínicos e se classificam em três fases antes do registro e uma fase após o registro, como descrito a seguir:

Fase I - Tem como principal objetivo ver se a ela é segura e avaliar a melhor forma de administração deste novo produto.

Fase II - Importante para testar os diferentes esquemas vacinais. Verifica-se qual a dose e o intervalo ideal entre as doses para obter as melhores respostas imunológicas contra a doença.

Fase III - O principal objetivo é o de avaliar se a vacina tem efeito protetor e confirmar a segurança em pessoas que estão em contato com a doença. Nesta fase, compara-se a nova vacina com um produto que já exista e dê proteção ou à um produto inerte chamado placebo. Esta comparação é que permite concluir, ao final de estudo que a vacina protegeu de fato (eficácia).

Fase IV - Avalia a segurança da vacina em larga escala e a sua proteção em várias populações durante um período de tempo mais longo, após estar registrada para uso na Agencia Reguladora, no Brasil, a ANVISA.

*dados do Instituto Butantan

São Caetano participou da fase III

A Universidade de São Caetano do Sul (USCS) foi um dos 12 centros escolhidos no Estado de São Paulo para realizar os testes, sob coordenação do Instituto Butantan. Mais de 800 voluntários foram selecionados e participaram do estudo.
São Caetano participou da fase III

Eficácia da vacina

Eficácia da Coronavac

VACINA DE OXFORD

O desenvolvimento da tecnologia é da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, sendo que ambas estão localizadas no Reino Unido. A Fundação Oswaldo Cruz adquiriu a tecnologia desenvolvida pela universidade e empresa britânicas para que as vacinas pudessem ser produzidas, envasadas e distribuídas no Brasil. A vacina de Oxford é aplicada duas vezes, com intervalo de três meses entre as injeções.

Como funciona a vacina de Oxford?

Ela funciona por meio de uma tecnologia chamada de “vetor viral”. Resumidamente, outro vírus atua como vetor para estimular a resposta imune do organismo. Nas vacinas pesquisadas, cientistas pegam o adenovírus, que causa resfriado, removem sua carga genética e deixam apenas a "carcaça". Dentro da "carcaça", inserem um pedacinho do Sars-CoV-2.
Nossas células, ao entrarem em contato com o vetor, estimularão o sistema imune a produzir anticorpos contra a covid-19. Como traz a "carcaça" de outro vírus, o sistema imune pode criar uma defesa contra o adenovírus em si e reduzir a eficácia da vacina.

Qual a eficácia?

A aprovação pela agência britânica foi realizada antes da conclusão total dos ensaios clínicos e tem base em resultados parciais divulgados em dezembro na revista científica The Lancet. O artigo na publicação indica eficácia de 70% em adultos com menos de 55 anos, com base em dados de três países: Brasil, Reino Unido e África do Sul. O número supera a eficácia mínima de 50% estabelecida pela Anvisa para dar aprovação a um imunizante contra a Covid-19. Um dado muito importante evidenciado neste estudo foi a confirmação da capacidade da vacina na prevenção de 100 por centos das hospitalizações e formas graves da doença, segundo o critério cínico preconizado pela OMS.

*fonte Portal Fiocruz